
A investigadora Ana Margarida Esteves, em coautoria com André Girardi, Lasse Kos, Rebeca Roysen e Nadine Bruehwiler, publicou recentemente o artigo “Grassroots Innovations and Projectification: Diffusion Processes of the European Ecovillage Movement” na revista científica Environmental Policy and Governance (ERP Environment & John Wiley & Sons Ltd).
O estudo analisa o papel das inovações de base comunitária no contexto das transições para a sustentabilidade. Estas iniciativas – muitas vezes promovidas e desenvolvidas por comunidades locais – oferecem soluções práticas e criativas para desafios ambientais e sociais, contribuindo para a disseminação de práticas sustentáveis a uma escala mais ampla.
Contudo, a investigação sublinha a importância de um factor muitas vezes invisível: a “projetificação” – isto é, a tendência para organizar o trabalho destas iniciativas em torno de projetos temporários, financiados por fundos ou bolsas específicas. Através de trabalho de campo em três ecovilas europeias e de entrevistas a membros das comunidades e da rede europeia de ecovilas, os autores mostram que, se por um lado os projetos podem facilitar a difusão de práticas sustentáveis, por outro podem também gerar tensões e fragilidades que comprometem a sustentabilidade a longo prazo destas iniciativas.
O artigo defende, por isso, a necessidade de encontrar um equilíbrio: a projetificação deve ser pensada de forma a apoiar, e não a limitar, o potencial transformador das inovações de base comunitária.
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