Neram N’Dok, é uma expressão Bijagó que significa “levem e guardem convosco”. Este é um filme que traz um olhar sobre um processo de governação participativa nas ilhas Urok, uma área marinha protegida no Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau.

“Era uma vez o extenso mar azul cristalino do Arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau), uma área protegida onde conservar e desenvolver a cultura e a biodiversidade é, mais do que a realidade, o futuro. Era uma vez um documentário que conta a história dos bijagós, o povo das ilhas Urok que tem em mãos a construção de um modelo único de sustentabilidade e desenvolvimento da sua cultura e da vibrante natureza da qual depende.”

“Filmar e produzir o Neram N’Dok teve como desafio registar a vida dos bijagós, um povo que vive quase completamente isolado em ilhas no sul da Guiné-Bissau, e documentar a sua cultura e a sua organização social muito própria e única”. Luís Melo, realizador.

Depois do documentário conversaremos sobre Bijagós, activismos ambientais e todas outras questões que possam surgir com Luís Melo*, realizador do doc e Cristina Silva**, bióloga.

* Luís Melo
Licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro.
Ao longo dos últimos anos trabalhou em reportagem para televisão dentro e fora de Portugal, assim como em institucionais e promocionais para empresas como a Revigrés, Museu Marítimo de Macau, Força Aérea Portuguesa, Portucel, PT Inovação, Nestlé Portugal, Bosch Thermotechnik GmbH e Mercedes-Benz Portugal. Na área documental destacam-se os trabalhos “JazzDuarte”, “Construir o Paraíso Aqui”, “Kilombos”, “Neram N’Dok” e “Salvando Vidas”.
Formador da UNAVE (Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro) na área do Vídeo Digital, participou em vários programas financiados pela Gulbenkian de formação audiovisual em Cabo Verde e é atualmente o Pivô da Área de Audiovisuais dos Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação da Universidade de Aveiro.

** Cristina Ribeiro S. Silva
Licenciada em Biologia Marinha e Pescas
Trabalhou durante 16 anos na Guiné-Bissau ligada à gestão e conservação dos recursos, enquanto coordenadora do programa de seguimento de espécies do IBAP – Instituto da Biodiversidade e das áreas protegidas (2007/2010) e como coordenadora do programa de financiamento a projectos nas áreas protegidas do PPS (programa das pequenas subvenções) do PNUD. Foi consultora da Tiniguena nos estudos sobre (i) a importância económica, cultural e social das conchas em Urok, (ii) o saber local sobre os recursos biológicos em Urok.

Ficha técnica:
Produção: Instituto Marquês de Valle Flor, Tiniguena e FIBA | Realização: Luís Melo, Emanuel Ramos, Diogo Ferreira | Financiamento: União Europeia, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. , MAVA – Fondation pour la Nature, FFEM – Fonds Français pour l’Environnement Mondial | Parceiro: Universidade de Aveiro | Data: 2013 | Duração: 40’

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Para iniciar o debate sobre a temática a ser desenvolvida durante a Conferência Internacional Activismos em África, preparamos um festival de cinema documental que decorrerá no LARGO Café Estúdio. A primeira sessão decorreu no dia 15 set e além desta (20 out), haverá mais duas nos dias 17 nov e 15 dez. Todas as sessões sessões serão seguidas por uma boa dose de conversa com pessoas convidadas – realizadores, ativistas e investigadores.