Os investigadores do CEI-Iscte estão organizados em 3 grupos de pesquisa:

Economia e Globalização

Coordenação: Rogério Roque Amaro

O Grupo Economia e Globalização reúne investigadores que trabalham em domínios diferentes dentro das áreas científicas da Economia e da Gestão de Empresas. A sua estrutura reflete tanto os percursos de investigação já acumulados no passado como os novos desafios e interesses de investigação que se colocam para o futuro.

O grupo está organizado em quatro clusters temáticos.

O primeiro, um dos de maior experiência dentro do Centro, refere-se às questões da Economia do Desenvolvimento, visando os processos de Desenvolvimento (passados e futuros) dos PALOP (sobre os quais há mais trabalho acumulado), dos novos países emergentes (Brasil, Índia, China e África do Sul) e de outros países africanos, latino-americanos e asiáticos (designadamente, os chamados “Novos Países Industrializados”).

O segundo, também com tradição no Centro, centra-se na análise das questões dos empresariados, do empreendedorismo e dos modelos de gestão, em contextos culturais distintos, nomeadamente em África, Ásia e América Latina.

O terceiro centra-se na análise dos processos de Globalização, tendo em conta as tendências e os desafios decorrentes da globalização económica e financeira, o papel da OMC e o lugar dos diferentes países e regiões nesses processos.

O quarto refere-se aos novos conceitos, práticas e experiências de Economia Social e Solidária e as suas relações com as novas formas económicas do comércio justo, do microcrédito, dos sistemas de finanças alternativas e éticas, das moedas sociais e dos sistemas locais de troca, do movimento de transição, da freeconomy, dos clubes de troca, das redes de poupança e crédito solidário, do consumo responsável, etc. Pretende-se, neste último cluster, aprofundar o conhecimento e a comparação entre as experiências e os contributos provenientes, nas suas diversidades, de África, da América Ibérica, da Ásia e da Macaronésia.

Estes quatro cluster permitem cruzar o Grupo  Economia e Globalização com as três linhas temáticas do Centro, ou seja, Europa e Relações TransatlânticasÁfrica e Ásia, pelas quais se repartem, de forma múltipla, os domínios de investigação e os correspondentes investigadores.

[Saber mais no Ciência-IUL]


Instituições, Governação e Relações Internacionais

Coordenação: Luís Nuno Rodrigues

O grupo de investigação Instituições, Governação e Relações Internacionais está estruturado em torno de dois programas.

O programa Relações Internacionais e Governação Global centra-se na arquitetura da governação global e nas instituições políticas regionais, internacionais e globais, bem como em organizações como as Nações Unidas, a União Africana, a NATO, a União Europeia ou a Associação de Cooperação Regional da Ásia do Sul. O foco incide na relação entre a política interna e externa, nos processos de tomada de decisão e nas políticas públicas, conjugando o estudo das relações internacionais com análises de criação de políticas públicas e de governação global para além do Estado nação. Perante o crescente relevo dos agentes não estatais, o grupo não se limita às relações entre países, abordando igualmente organizações transnacionais não governamentais e da sociedade civil, as suas estruturas e processos, e a influência que têm nos palcos global, nacional ou local. Particular atenção é dada à alteração das dinâmicas das potências regionais, aos Estados frágeis e falhados, às relações entre segurança e desenvolvimento, à política externa das potências emergentes, à religião e à política internacional. A pesquisa privilegia uma abordagem que cruza a emergência de uma sociedade civil global com uma dimensão mais tradicional de interação internacional ou inter-estatal.

O segundo programa centra-se na pesquisa multidisciplinar dos mais relevantes Desafios de segurança do século XXI. Inclui as ameaças tradicionais à paz, como os conflitos armados bilaterais e regionais; os perigos das armas nucleares, biológicas e químicas; e a proliferação de armamento e tecnologias convencionais. Particular atenção será prestada aos novos desafios, transfronteiriços e transnacionais, à paz e segurança. Os tópicos a explorar incluem a relação entre as tecnologias de informação e a segurança (nomeadamente a cibersegurança), a prevenção do terrorismo, segurança energética e ambiental, dinâmicas demográficas e riscos de saúde, alterações climáticas, escassez de água e de alimentos, e o aumento das necessidades energéticas. A investigação irá igualmente debruçar-se sobre as perspetivas de segurança positiva, com medidas não violentas, para analisar quantitativa e qualitativamente os esforços desenvolvidos pelas organizações internacionais e regionais e por atores não governamentais.  O objetivo destas perspetivas é a distensão, a resolução de conflitos e a promoção da cooperação biliteral e multilateral.

[Saber mais no Ciência-IUL]


Desafios Societais e do Desenvolvimento

Coordenação: Clara Carvalho

O Grupo Desafios Societais e do Desenvolvimento está organizado em três programas de investigação:

1. O primeiro debruça-se sobre a urbanização e os desafios à criação de sociedades mais inclusivas. A urbanização tem suscitado grande interesse por parte da comunidade internacional e investigadores. Em África e na Ásia, as estimativas apontam para a duplicação da população entre 2000 e 2030; em 2030, 80% da população urbana estará concentrada as cidades no mundo em desenvolvimento. Esta urbanização crescente representa um novo desafio para o entendimento dos problemas e oportunidades societais. As cidades, embora concentrem a pobreza, estão melhor equipadas para tirar partido da globalização e para criar emprego e rendimento para um maior número de indivíduos; estão em melhores condições para garantir o acesso à educação é à saúde – bem como a outros serviços – tirando partido de vantagens de escala e de proximidade. Nesta perspetiva, o programa aborda as necessidades e exigências da população em termos de proteção social e de acesso a cuidados básicos de saúde, educação e segurança. É igualmente abordado o crescente envolvimento de novos agentes nos processos de intervenção social, como é o caso das organizações não governamentais, mas também o setor privado, com programas de responsabilidade social que concorrem diretamente com as ONG, as fundações filantrópicas e os programas governamentais.

2. O segundo programa aborda o impacto da globalização, tal como este se expressa ema emergência da classe média e de novos formas de consumismo cultural e económico; a revitalização da cultura popular; os movimento populacionais, as diásporas e a sua influência nas sociedades locais; o consumo cultural; a circulação da informação e as TIC; a afirmação dos jovens; as novas epistemologias e a contestação cultural.

3. Os projetos de cooperação e desenvolvimento como marcas da globalização são analisados no terceiro programaAtualmente, os esforços concentram-se na eficácia e na coerência da APD, particularmente quando se trata de atividades não integradas no CAD/OCDE. Estas questões foram analisadas nas principais reuniões dedicadas (Roma 2003, Paris 2005 e Busan 2011) onde o debate se centrou nos desafios à afirmação do Sul global. Estes desafios incluem, por exemplo, o impacto da crise financeira, questões globais como as alterações climáticas, o comércio, o investimento externo e a reforma da arquitetura internacional da cooperação para o desenvolvimento.

[Saber mais no Ciência-IUL]