Ref.: SFRH/BD/63306/2009

Funding institution(s): FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia

Supervisor(s): co-orientadora: Rita Marquilhas

Keywords: correspondência, guerra, memória, império

Abstract

A guerra colonial, também chamada guerra do ultramar ou de libertação, consoante a posição assumida face à sua legitimidade, começou em 1961 e terminou em 1974 na sequência de um golpe militar, desencadeado no dia 25 de Abril, que derrubou o regime chefiado por Marcello Caetano.

Esta guerra serve de pano de fundo ao objecto central da minha dissertação: a análise, através de correspondência trocada entre militares, suas famílias e amigos, da forma como foi vivida e sentida em privado uma missão pública desta natureza. A minha hipótese é a de que terá havido uma mudança no pensamento dos militares em relação à guerra, mudança esta que foi determinante para o fim do regime político. Esta transformação terá como ponto de partida a legitimação indirecta da guerra em 1961 e como ponto de chegada, a sensível diminuição do apoio à sua continuação, culminando no golpe militar liderado pelos capitães. Esta mudança será perceptível na correspondência de guerra, fonte principal do meu trabalho.